Texto relacionado ao tema ou a disciplina: A lenda do boto cor de rosa.
O boto cor de rosa é um famoso mamífero aquático que hábita
nas aguas doces das bacias amazonicas, sendo muito semelhante aos golfinhos,
que vive nas aguas salgadas do mar. No mais, muito popular na Regiao Norte do
Brasil, a lenda do “boto cor de rosa” é mais uma crença que o povo riberinho da
Amazônia costumava contar, passando de geração para geração.
Portanto, diz a lenda que durante
as festas juninas, Diz a lenda,
que nestas festas, em noites de lua cheia, o quando
são comemorados os aniversários de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da região
amazônica celebra estas festas dançando quadrilha, soltando fogos de artifício,
fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da região.
Reza a lenda, que nestas festas, em noites de lua cheia,
o boto-cor-de-rosa sai do rio transformando-se em um jovem elegante e belo,
beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados
brancos. O chapéu é utilizado para ocultar (já que a transformação não é
completa) um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar, e
que o caracterizam como peixe. É graças a este fato que, durante as
festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe
pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto
que ali está.
A tradição
amazônica diz que o boto carrega uma espada presa ao seu cinto, mas que, no fim
da madrugada, quando é chegada a hora de ele voltar ao leito do rio, é possível
observar que todos seus acessórios são, na verdade, outros habitantes do rio. A
espada é um poraquê (peixe-elétrico), o chapéu é uma arraia e, finalmente, o
cinto e os sapatos são outros dois diferentes tipos de peixes.
Este
desconhecido e atraente rapaz conquista com facilidade a mais bela e
desacompanhada jovem que cruzar seu caminho e, em seguida, dança com ela a
noite toda, usando de sua grande habilidade como dançarino, logo a seduz, a
guia até o fundo do rio, onde, por vezes, a engravida e a abandona antes do
amanhecer, pois seu encantamento só dura durante a noite, e o galante rapaz
volta a sua forma de peixe e retorna para as águas dos rios.
Por conta
disso, as jovens eram alertadas por mulheres mais velhas para terem cuidado com os galanteios de homens
muito bonitos durante as festas, tudo pra evitar ser seduzida
pelo infalível boto e a possibilidade de tornar-se, por exemplo, uma mãe
solteira e, assim, virar motivo de fofocas ou zombarias.
O boto ou
Uauiara, também é conhecido por ser uma espécie de protetor das mulheres, cujas
embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que, em tais situações, o boto
aparece empurrando as mulheres para as margens do rio, a fim de evitar que elas
se afoguem, as intenções disso até hoje não são muito conhecidas…
Na cultura popular do norte do Brasil, essa lenda era muito
usada antigamente, para justificativa das moças que apareciam grávidas enquanto
solteiras, ou geravam filhos fora do casamento e não conheciam o pai. Assim,
diziam que foram encantadas pelo boto, e ao nascer, as crianças recebiam o
apelido de filho do boto.
Comentário:
Ao pensar
história e arte na área interdisciplinar, escolhi um tema que pudesse
relacionar a essas duas disciplinas, no mais, foquei em um tema do folclore
brasileiro, já que o folclore é o estudo das tradições, crenças, costumes e
conhecimentos de um povo, que podem ser expressos através de lendas, canções,
etc. Assim sendo, o folclore contribui para a identidade de um povo, onde estes
compreendem seu mundo, ou seja, sua cultura e atribuições em que vive. No
entanto, o folclore pode ser compreendido na linguagem, no artesanato, nas
vestimentas, e outros, de uma sociedade.
Entretanto, as
lendas são estórias contadas pelas pessoas, misturando fatos reais e
históricos, com acontecimentos criados pela fantasia. Portanto, através das
lendas, explica-se os acontecimentos misteriosos e sobrenaturais ocorridos numa
sociedade, assim, sendo transmitidas principalmente de forma oral, de tempos em
tempos e de geração para geração.
Muitas são as
lendas do folclore brasileiro, entre elas as mais conhecidas são: lenda do
lobisomem, do Saci-pererê, Caboclinho da Mata, Boto cor-de-rosa, Rasga
Mortalha, Curupira, Boitatá, e entre muitas outras. No entanto, nenhuma delas
são comprovadas cientificamente, mas muitas delas são frutos da imaginação das
pessoas que a criaram, principalmente dos moradores do interior do Brasil, assim,
sendo inventadas para transmitir mensagens importantes, como a do Caboclinho da
mata, que não aceita desperdícios ou maus tratos com a natureza, surrando e
castigando aos que desobedecem, todavia,
são criadas ainda, com intenção somente
de assustar as pessoas.
Contudo, escolhi
uma lenda folclórica brasileira, em especial, a lenda do boto cor-de-rosa, por
ser uma lenda típica da região amazônica, e ainda, por ser uma lenda que
conheço desde criança, devido ter familiares e amigos ribeirinhos que contam e
acreditam fielmente nesta, como também, em várias outras crenças relacionadas
ao boto. São muitas as estórias que se contam sobre o boto, os mistérios
relacionados a este, seja em virar homem, como também, fala-se que o boto não
gosta de ser vaiado, e ainda, que uma pessoa que mata um boto fica marcado a
vida inteira, e que a pessoa que atira em um boto fica com remorso como que se
tivesse atirado em uma pessoa muito amada, enfim, dentre muitas outras que
podem ser identificadas dentro da cultura popular acreana, assim, fazendo parte
de uma cultura marcada por suas crenças, tradições, costumes, etc., sendo
características que marcam e demonstram uma identidade cultural
particularizada.
Referências
Bibliográficas:
InfoEscola: Navegando e Aprendendo. Disponível em: http://www.infoescola.com/folclore/a-lenda-do-boto/.
Acessado dia 06 de abril de 2012.
Poesia e Desenho
Escolhi o
poema “Eu”, de Alvares Campos, para elaborar minha obra. Assim, criei um
desenho, representando uma pessoa que parou para repousar em um ambiente
bastante sossegado, aproveitando para descansar e ao mesmo tempo, para passar
um momento de reflexão consigo, enfim, parando e sentando por um instante para
pensar/meditar na vida.
Eu
Eu, eu
mesmo...
Eu, cheio de
todos os cansaços
Quantos o
mundo pode dar. —
Eu...
Afinal tudo,
porque tudo é eu,
E até as
estrelas, ao que parece,
Me saíram da
algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças
não sei...
Eu...
Imperfeito?
Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um
passado? Sem dúvida...
Tenho um
presente? Sem dúvida...
Terei um
futuro? Sem dúvida...
A vida que
pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...
Autor:
Álvaro de Campos, heterônimo de fernando Pessoa.
Disciplina Projeto
interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2.
Ementa:
Estudos individuais e colaborativos a distância,
para elaboração do projeto de ensino e aprendizagem e análise das
possibilidades de aplicacação no contexto escolar. Processo de aplicação do
projeto na escola e na comunidade.
Objetivo Geral:
Habilitar o licenciando para a concepção,
elaboração, desenvolvimento e avaliação crítica de projetos interdisciplinares
em arte educação. Isso se dará por meio do planejamento teórico e execução do
projeto interdisciplinar de ensino e aprendizagem, com tema e linguagem
propostos pelo estudante.
Objetivos específicos:
Formular maneiras de partilhar inquietações e
temas, trabalhar a articulação entre técnica, finalidade e linguagem no projeto
elaborado, e favorecer, finalmente, em cada estudante, um ganho de autonomia
responsável no campo da reflexão, criação, execução e percepção de projetos
semelhantes aos discutidos na disciplina.
Metodologia:
A disciplina será desenvolvida de modo participativo.
No ambiente on-line os estudantes encontrarão farto material de apoio teórico e
poético, distribuído semanalmente. A leitura dos textos, vídeos e imagens
disponibilizados é fundamental ao bom desenvolvimento do projeto de ensino e
aprendizagem. Soma-se a ela, a participação ativa nos fóruns, onde se trocam
idéias e interpretações. Além deste par, leitura-conversação, a metodologia
inclui pesquisas de campo, desenvolvimento paulatino e implementação do projeto
nos ambientes escolares e comunitários.
Projeto de Artes da disciplina: Atelier de
Projeto Interdisciplinar
Tema: Festas Juninas, uma
festividade cultural em Sena Madureira - Acre.
Poética utilizada: A técnica utilizada na produção da obra foi a linguagem artística assemblage.
Objetivos:
Poética utilizada: A técnica utilizada na produção da obra foi a linguagem artística assemblage.
Objetivos:
Geral:
Proporcionar
aos observadores o contato direto com uma obra artística de minha autoria,
expressa através da linguagem artística assemblage
e focada em um tema cultural brasileiro, que são as Festas Juninas.
Específico:
·
Conhecer uma
das principais festas culturais das regiões brasileiras, em especial, do
município de Sena Madureira - AC.
·
Experimentar a
linguagem artística assemblage.
·
Analisar a
produção artística desenvolvida de acordo com os elementos da cultura popular,
introduzidos pelas festas juninas.
·
Elaborar
uma exposição de artes dinâmica, interativa e atrativa aos moradores, para que
estes venham observar e conhecer a produção em assemblage fundamentada nas festas juninas.
·
Atuar para a
reflexão dos observadores, estimulados pela obra.
Justificativa:
Sabe-se
que possuímos vasta diversidade cultural, muitos são os símbolos culturais, os
costumes, crenças, hábitos, etc., que representam uma sociedade, portanto,
indispensáveis para que possamos identificar um povo. Assim, as festas juninas
são importantes por ser uma festa cultural riquíssima, abrangendo vários
símbolos culturais como: comidas típicas, danças, músicas regionais, teatro,
dentre outras expressões artísticas que caracteriza uma civilização.
Portanto, fortalecemos
nossa identidade ao introduzirmos nossos costumes, alimentação, vivências do
cotidiano e mais dentro dessas festividades que foi herdada. Sendo assim,
podemos dizer que devido às modificações que vem ocorrendo ao longo dos anos,
onde fomos inserindo alguns elementos e símbolos conforme nossos costumes e
hábitos. As Festas Juninas fazem parte da formação cultural de nossa sociedade,
mesmo com influências herdadas de fora, temos nossas características individuais
e que as identificam à cultura senamadureirense.
No
mais, compreende-se que a assemblage
é uma linguagem que dialoga com o homem, já que o meio social contribui para
sua criação nas diferentes formas e linguagens da arte, e consequentemente, no
caráter e conteúdo artístico. Assim, acreditamos que a obra produzida em cima
deste símbolo cultural seja importante para que a sociedade observe e reflita
sua própria cultura através de uma obra, e ainda, que compreendam que a festas
juninas vão além de uma simples diversão e ajuda a instituições, que percebam
que tem um sentido, desde suas dedicações aos santos populares até os outros
elementos culturais que a compõem, sendo essenciais para representar uma
cultura e suas características particulares.
Enfim,
por ser a assemblage uma linguagem
que une a arte e o cotidiano, compreendemos que esta obra pode despertar a
atenção dos espectadores, pois apresenta um tema cultural que geralmente é tido
como um simples festejo, levando-os a entenderem mais sobre seu dia-a-dia, suas
características sociais e culturais que são fundamentais para constituir e
definir sua identidade.
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