terça-feira, 15 de maio de 2012


Texto relacionado ao tema ou a disciplina: A lenda do boto cor de rosa.

O boto cor de rosa é um famoso mamífero aquático que hábita nas aguas doces das bacias amazonicas, sendo muito semelhante aos golfinhos, que vive nas aguas salgadas do mar. No mais, muito popular na Regiao Norte do Brasil, a lenda do “boto cor de rosa” é mais uma crença que o povo riberinho da Amazônia costumava contar, passando de geração para geração.
Portanto, diz a lenda que durante as festas juninas, Diz a lenda, que nestas festas, em noites de lua cheia, o quando são comemorados os aniversários de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da região amazônica celebra estas festas dançando quadrilha, soltando fogos de artifício, fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da região.
Reza a lenda, que nestas festas, em noites de lua cheia, o boto-cor-de-rosa sai do rio transformando-se em um jovem elegante e belo, beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados brancos. O chapéu é utilizado para ocultar (já que a transformação não é completa) um grande orifício no alto da cabeça, feito para o boto respirar, e que o caracterizam como peixe. É graças a este fato que, durante as festividades de junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não é o boto que ali está.
A tradição amazônica diz que o boto carrega uma espada presa ao seu cinto, mas que, no fim da madrugada, quando é chegada a hora de ele voltar ao leito do rio, é possível observar que todos seus acessórios são, na verdade, outros habitantes do rio. A espada é um poraquê (peixe-elétrico), o chapéu é uma arraia e, finalmente, o cinto e os sapatos são outros dois diferentes tipos de peixes.
Este desconhecido e atraente rapaz conquista com facilidade a mais bela e desacompanhada jovem que cruzar seu caminho e, em seguida, dança com ela a noite toda, usando de sua grande habilidade como dançarino, logo a seduz, a guia até o fundo do rio, onde, por vezes, a engravida e a abandona antes do amanhecer, pois seu encantamento só dura durante a noite, e o galante rapaz volta a sua forma de peixe e retorna para as águas dos rios.
Por conta disso, as jovens eram alertadas por mulheres mais velhas para terem cuidado com os galanteios de homens muito bonitos durante as festas, tudo pra evitar ser seduzida pelo infalível boto e a possibilidade de tornar-se, por exemplo, uma mãe solteira e, assim, virar motivo de fofocas ou zombarias.
O boto ou Uauiara, também é conhecido por ser uma espécie de protetor das mulheres, cujas embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que, em tais situações, o boto aparece empurrando as mulheres para as margens do rio, a fim de evitar que elas se afoguem, as intenções disso até hoje não são muito conhecidas…
Na cultura popular do norte do Brasil, essa lenda era muito usada antigamente, para justificativa das moças que apareciam grávidas enquanto solteiras, ou geravam filhos fora do casamento e não conheciam o pai. Assim, diziam que foram encantadas pelo boto, e ao nascer, as crianças recebiam o apelido de filho do boto.

Comentário:
Ao pensar história e arte na área interdisciplinar, escolhi um tema que pudesse relacionar a essas duas disciplinas, no mais, foquei em um tema do folclore brasileiro, já que o folclore é o estudo das tradições, crenças, costumes e conhecimentos de um povo, que podem ser expressos através de lendas, canções, etc. Assim sendo, o folclore contribui para a identidade de um povo, onde estes compreendem seu mundo, ou seja, sua cultura e atribuições em que vive. No entanto, o folclore pode ser compreendido na linguagem, no artesanato, nas vestimentas, e outros, de uma sociedade.
Entretanto, as lendas são estórias contadas pelas pessoas, misturando fatos reais e históricos, com acontecimentos criados pela fantasia. Portanto, através das lendas, explica-se os acontecimentos misteriosos e sobrenaturais ocorridos numa sociedade, assim, sendo transmitidas principalmente de forma oral, de tempos em tempos e de geração para geração.
Muitas são as lendas do folclore brasileiro, entre elas as mais conhecidas são: lenda do lobisomem, do Saci-pererê, Caboclinho da Mata, Boto cor-de-rosa, Rasga Mortalha, Curupira, Boitatá, e entre muitas outras. No entanto, nenhuma delas são comprovadas cientificamente, mas muitas delas são frutos da imaginação das pessoas que a criaram, principalmente dos moradores do interior do Brasil, assim, sendo inventadas para transmitir mensagens importantes, como a do Caboclinho da mata, que não aceita desperdícios ou maus tratos com a natureza, surrando e castigando aos que desobedecem,  todavia, são  criadas ainda, com intenção somente de assustar as pessoas.
Contudo, escolhi uma lenda folclórica brasileira, em especial, a lenda do boto cor-de-rosa, por ser uma lenda típica da região amazônica, e ainda, por ser uma lenda que conheço desde criança, devido ter familiares e amigos ribeirinhos que contam e acreditam fielmente nesta, como também, em várias outras crenças relacionadas ao boto. São muitas as estórias que se contam sobre o boto, os mistérios relacionados a este, seja em virar homem, como também, fala-se que o boto não gosta de ser vaiado, e ainda, que uma pessoa que mata um boto fica marcado a vida inteira, e que a pessoa que atira em um boto fica com remorso como que se tivesse atirado em uma pessoa muito amada, enfim, dentre muitas outras que podem ser identificadas dentro da cultura popular acreana, assim, fazendo parte de uma cultura marcada por suas crenças, tradições, costumes, etc., sendo características que marcam e demonstram uma identidade cultural particularizada.

Referências Bibliográficas:
InfoEscola: Navegando e Aprendendo. Disponível em: http://www.infoescola.com/folclore/a-lenda-do-boto/. Acessado dia 06 de abril de 2012.




Poesia e Desenho
(elaborar uma obra artística inspirada em um poema)



 

Escolhi o poema “Eu”, de Alvares Campos, para elaborar minha obra. Assim, criei um desenho, representando uma pessoa que parou para repousar em um ambiente bastante sossegado, aproveitando para descansar e ao mesmo tempo, para passar um momento de reflexão consigo, enfim, parando e sentando por um instante para pensar/meditar na vida.

Eu
Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. —
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...
Autor: Álvaro de Campos, heterônimo de fernando Pessoa.




Disciplina Projeto interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2.

Ementa:
Estudos individuais e colaborativos a distância, para elaboração do projeto de ensino e aprendizagem e análise das possibilidades de aplicacação no contexto escolar. Processo de aplicação do projeto na escola e na comunidade.
Objetivo Geral:
Habilitar o licenciando para a concepção, elaboração, desenvolvimento e avaliação crítica de projetos interdisciplinares em arte educação. Isso se dará por meio do planejamento teórico e execução do projeto interdisciplinar de ensino e aprendizagem, com tema e linguagem propostos pelo estudante.
 Objetivos específicos:
Formular maneiras de partilhar inquietações e temas, trabalhar a articulação entre técnica, finalidade e linguagem no projeto elaborado, e favorecer, finalmente, em cada estudante, um ganho de autonomia responsável no campo da reflexão, criação, execução e percepção de projetos semelhantes aos discutidos na disciplina.
Metodologia:
A disciplina será desenvolvida de modo participativo. No ambiente on-line os estudantes encontrarão farto material de apoio teórico e poético, distribuído semanalmente. A leitura dos textos, vídeos e imagens disponibilizados é fundamental ao bom desenvolvimento do projeto de ensino e aprendizagem. Soma-se a ela, a participação ativa nos fóruns, onde se trocam idéias e interpretações. Além deste par, leitura-conversação, a metodologia inclui pesquisas de campo, desenvolvimento paulatino e implementação do projeto nos ambientes escolares e comunitários.



 Projeto de Artes da disciplina: Atelier de Projeto Interdisciplinar

      Tema: Festas Juninas, uma festividade cultural em Sena Madureira - Acre.
 Poética utilizada:     A técnica utilizada na produção da obra foi a linguagem artística assemblage.
Objetivos:
Geral:
Proporcionar aos observadores o contato direto com uma obra artística de minha autoria, expressa através da linguagem artística assemblage e focada em um tema cultural brasileiro, que são as Festas Juninas.
Específico:
·                    Conhecer uma das principais festas culturais das regiões brasileiras, em especial, do município de Sena Madureira - AC.
·                    Experimentar a linguagem artística assemblage.
·                    Analisar a produção artística desenvolvida de acordo com os elementos da cultura popular, introduzidos pelas festas juninas.
·                    Elaborar uma exposição de artes dinâmica, interativa e atrativa aos moradores, para que estes venham observar e conhecer a produção em assemblage fundamentada nas festas juninas.
·                    Atuar para a reflexão dos observadores, estimulados pela obra. 

Justificativa: 
Sabe-se que possuímos vasta diversidade cultural, muitos são os símbolos culturais, os costumes, crenças, hábitos, etc., que representam uma sociedade, portanto, indispensáveis para que possamos identificar um povo. Assim, as festas juninas são importantes por ser uma festa cultural riquíssima, abrangendo vários símbolos culturais como: comidas típicas, danças, músicas regionais, teatro, dentre outras expressões artísticas que caracteriza uma civilização.
Portanto, fortalecemos nossa identidade ao introduzirmos nossos costumes, alimentação, vivências do cotidiano e mais dentro dessas festividades que foi herdada. Sendo assim, podemos dizer que devido às modificações que vem ocorrendo ao longo dos anos, onde fomos inserindo alguns elementos e símbolos conforme nossos costumes e hábitos. As Festas Juninas fazem parte da formação cultural de nossa sociedade, mesmo com influências herdadas de fora, temos nossas características individuais e que as identificam à cultura senamadureirense.
No mais, compreende-se que a assemblage é uma linguagem que dialoga com o homem, já que o meio social contribui para sua criação nas diferentes formas e linguagens da arte, e consequentemente, no caráter e conteúdo artístico. Assim, acreditamos que a obra produzida em cima deste símbolo cultural seja importante para que a sociedade observe e reflita sua própria cultura através de uma obra, e ainda, que compreendam que a festas juninas vão além de uma simples diversão e ajuda a instituições, que percebam que tem um sentido, desde suas dedicações aos santos populares até os outros elementos culturais que a compõem, sendo essenciais para representar uma cultura e suas características particulares.
Enfim, por ser a assemblage uma linguagem que une a arte e o cotidiano, compreendemos que esta obra pode despertar a atenção dos espectadores, pois apresenta um tema cultural que geralmente é tido como um simples festejo, levando-os a entenderem mais sobre seu dia-a-dia, suas características sociais e culturais que são fundamentais para constituir e definir sua identidade.

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