O filme “O quarto Poder”, do diretor Costa Gravas traz a história de um repórter chamado Max Brackett, que diariamente busca novos temas, e no momento estava cobrindo uma matéria em um museu e que por ironia do destino, está presente quando o ex-funcionário deste ambiente, chamado Sam Baily, adentrou trazendo armas de fogo, somente para chamar a atenção da dona do recinto, Srª. Banks, para que ela venha escutá-lo, todavia, Sam apelava por seu emprego de volta.
Assim, Max que estava no mictório, ouviu a conversa deste homem, e buscou contato com sua equipe de jornalismo que estava do lado de fora com o objetivo de adquirir uma reportagem em primeira mão, mas devido ao imprevisto de Sam atirar acidentalmente em um de seus parceiros de trabalho, ocorreram mudanças em seu plano, pois este veio a fazer todos que estavam dentro do museu, incluindo algumas crianças, reféns.
No entanto, a noticia espalhou-se em vários noticiários da TV, onde a mídia veio enfocar neste assunto, que estava em grande repercussão para ser trabalhada. O repórter que estava lá dentro veio a ser descoberto por Sam, e seguidamente ofereceu-lhe ajuda, onde mostraria seus principais interesses com toda aquela situação, provando assim, sua inocência. Todavia, detalhando que todos que estavam lá dentro, estavam bem e permaneceriam no local, até que Sam resolvesse sua situação com a justiça, onde desejava o seu cargo anterior e liberdade deste delito. Contudo isso, é conhecido que o repórter voltaria a ser de grande renome na sociedade, porém, devido a falência do museu da Srª. Branks, essa ocorrência traria grande prestigio e lucratividade para esta. Por fim, devido ao trabalho midiático, que veio a influenciar, torcer e distorcer a verdadeira versão, onde alguns momentos vividos ali dentro foram compreendidos de maneira diferente do real, que consequentemente, influenciou Sam Baily a suicidar-se.
Enfim, é notório que a mídia trabalha com afinco para transmitir seus interesses e atualizar o cidadão dos mais diversos acontecimentos mundiais, levando informação, entretenimento, diversão, e outros, porém, na maioria das vezes, trabalham de maneira obstinada em cima de certos fatos, examinam além do necessário e até usam temas inversos que confundem e atraem a mente humana, somente para reter a atenção da população e ganharem ibope, assim, manipulando e confundindo a visão do espectador.
Destarte, comparando ao documentário Muito além do Cidadão Kane, que nos mostra Roberto Marinho e sua Rede Globo de Televisão, tratando inicialmente de seus interesses, onde estaria em busca de audiência, percebe-se que são trabalhados a realidade dos acontecimentos, mas é repassado de forma contrária, porém, manipulando os receptores passivos.
Em ambos, vimos à manipulação da mídia sobre a sociedade e suas consequências, fazendo com que os acontecimentos sejam entendidos da maneira que é transmitida, e não do modo real, assim, trabalhando na emoção e influenciando na formação da opinião pública, afetando no comportamento e na construção de identidade do individuo, que muitas vezes geram resultados sem novas oportunidades.
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